O seminário “Financiar para Destravar”, promovido pela Fiocruz, por meio da Diretoria Executiva e o Escritório de Captação de Recursos, em parceria com o Plano Integrado das Favelas, reuniu representantes da sociedade civil, gestores de setores públicos e privados, além de especialistas para um rico diálogo sobre financiamento inclusivo nas periferias. O encontro realizado, na última segunda-feira (5/5), na Casa Firjan marcou o início das aulas do Programa de Formação em Captação e Gestão para Organizações de Favelas, que visa oferecer capacitação qualificada em captação e gestão de projetos para organizações da sociedade civil (OSC) que atuam em favelas cariocas.
A mesa de abertura teve a presença do Diretor Executivo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Juliano de Carvalho Lima; do Deputado Federal Pastor Henrique Vieira; da Deputada Estadual Renata Souza; do Coordenador Geral do Escritório de Captação de Recursos da Fiocruz (EC/Fiocruz), Luis Fernando Donadio; do Coordenador Executivo do Plano Integrado de Saúde nas Favelas, Richarlls Martins; e da representante da Instituição Mulheres de Atitude, Ariana Santos.
O debate da mesa enfatizou a importância de destacar o protagonismo periférico e respeitar o conhecimento dos moradores desses espaços, visando a valorização e melhores condições de vida nesses territórios. Além disso, foi ressaltada a importância do Programa de Formação no fortalecimento das organizações de favelas por meio da capacitação gratuita em captação de recursos e gestão de projetos.
O Diretor Executivo da Fiocruz, Juliano de Carvalho Lima, expressou sua alegria pelo evento e pela oportunidade promovida pelo Escritório de Captação da Fundação de ampliar os investimentos nas favelas por meio do programa. “A Fiocruz trabalha com uma perspectiva de saúde que não é reducionista. Quer dizer, a gente entende a saúde como a resultante de um conjunto de fatores socioambientais que determinam as chances de adoecer e morrer, porque elas não são distribuídas igualmente. E por isso o terreno da favela e das periferias, ele é tão central para a Fundação Oswaldo Cruz”, disse.
O seminário, mediado pelo Coordenador Geral do EC/Fiocruz, Luis Fernando Donadio, reuniu a Coordenadora de Conhecimento no Grupo de Institutos Fundações e Empresas (GIFE), Patricia Kunrath; da Diretora Socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), Tereza Campello; e do Secretário Nacional de Periferias, Guilherme Simões. Os palestrantes abordaram como o investimento na periferia precisa se tornar mais acessível e justo, superando o preconceito contra organizações que atuam em favelas, combatendo as desigualdades e valorizando esses territórios.
O Programa de Formação em Captação e Gestão para Organizações de Favelas visa ofertar formação qualificada em captação de recursos e gestão de projetos, a fim de ampliar o fortalecimento institucional de 50 organizações sociais (OSC) atuantes em favelas cariocas. Com 105 horas de formação, dividida entre três módulos (capacitação, incubação e mentoria de projetos), o programa ainda contará com três rodadas de pitching com investidores sociais nacionais e internacionais.
“Para nós, é uma experiência, de certa forma, inovadora com estes novos módulos. A gente está muito empolgado, com o coração nisso, acreditando muito que vai ser uma experiência singular para todos nós. Estamos falando de pelo menos nove meses de muita troca, muito intercâmbio, muito aprendizado. Eu tenho certeza de que o processo vai ser muito frutífero para todos nós”, disse o coordenador geral do EC, Luis Donadio.
O programa é uma realização da Fiocruz, por meio de sua Diretoria Executiva e Escritório de Captação de Recursos, em parceria com o Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro, com gestão cultural da Sociedade de Promoção Sociocultural da Fiocruz (SOCULTFio).
