Últimas Notícias

Fiocruz inaugura Centro de Covid Longa e reforços para a Rede de Plataformas Tecnológicas

A Diretoria Executiva da Fiocruz, por meio de seu Escritório de Captação de Recursos (EC/Fiocruz), e o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) inauguraram o Centro de Covid Longa, na quinta-feira (11/05), em evento realizado no Pavilhão de Ensino do INI/Fiocruz, em Maguinhos, Rio de Janeiro. O evento também celebrou a aquisição de novos equipamentos de biossegurança para a Rede de Plataformas Tecnológicas da Fiocruz.

“O vírus (da Covid-19) continua circulando e temos que não apenas fortalecer a capacidade de resposta do país a novas ameaças da Covid-19 na saúde pública, seja na imunização, na vigilância, na pesquisa ou na assistência, mas também lidar com as enormes sequelas deixadas pela doença na população”, destaca o presidente da Fiocruz, Mario Moreira. “A inauguração do Centro de Covid Longa e o investimento em melhorias na Rede de Plataformas Tecnológicas são um marco importante para a Fiocruz no enfrentamento do impacto de longo prazo da Covid-19”.

As ações contaram com o apoio do Ministério Público do Trabalho e da Tetra Park, por meio do programa Unidos Contra a Covid-19, uma rede de parcerias público-privada, que uniu empresas, fundações, órgãos do judiciário e sociedade, mobilizando mais de R$500 milhões de reais para iniciativas por todos país. “Após todo esse processo, fica a reflexão de nossa parte, como instituição pública, que precisamos continuar alimentando a cultura de construir pontes com esses diferentes atores, para fortalecer projetos importantes e estratégicos para o país”, salienta o gerente do EC, Luis Fernando Donadio.

O Unidos Contra a Covid-19 contribuiu para equipar o INI com a infraestrutura necessária para que o Centro de Covid Longa seja um espaço de pesquisa multidisciplinar, bem como um centro de tratamento e reabilitação de pessoas com sequelas da Covid-19, proporcionando uma melhor qualidade de vida aos pacientes.

No Centro de Covid Longa, é conduzido o projeto Recover Pós-Covid: monitoramento, avaliação multidisciplinar e reabilitação de indivíduos com afecções pós-covid-19 no Rio de Janeiro, Brasil e o Recover-Pós-Covid SUS-Brasil, uma colaboração entre pesquisadores do INI, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz).

O projeto envolve avaliações nos eixos cardiovascular, respiratório, hematológico, imunológico, neurológico/fisioterápico, metabólico-nutricional, otorrinolaringológico e saúde mental/qualidade de vida e estudará a carga de doença da Covid Longa. Também visa gerar evidência científica para subsidiar a formulação de políticas públicas para o enfrentamento do impacto da Covid Longa na população brasileira e ampliar o acesso aos serviços de reabilitação no Sistema Único de Saúde (SUS). 

“O trabalho conjunto e sinérgico de pesquisadores da Fiocruz de diferentes áreas, propiciado pelo financiamento para o Centro de Covid Longa, acelera o desenvolvimento do conhecimento científico sobre o impacto da Covid Longa na população brasileira e a experiência estimula a realização de projetos colaborativos, em outras áreas”, afirma a diretora do INI/Fiocruz, Valdiléa Veloso.

O programa Unidos também reforçou a infraestrutura de suporte em equipamentos de biossegurança e de preparação de amostras clínicas da rede de plataformas genômicas da Fiocruz, enfrentando os desafios e aumentos de demanda apresentados pela pandemia de Covid-19. O projeto tinha como objetivo prover acesso, equipamentos, tecnologias e expertise técnica por meio da Rede de Plataformas Tecnológicas para sequenciamento genético da Fiocruz, impulsionando a pesquisa e o desenvolvimento visando garantir o desempenho da instituição no combate a Covid-19.

“Os equipamentos adquiridos, como as cabines de biossegurança que fornecem maior segurança na manipulação e equipamentos de análise espectral que permitem uma avaliação precisa da qualidade após a extração de material genético viral antes da análise genômica são de grande relevância”, diz o pesquisador e coordenador científico da Rede de Plataformas Tecnológicas Fiocruz, Wim Degrave. “A aquisição de outros equipamentos como bioimpressoras 3D, permitem iniciar pesquisas relacionadas com o desenvolvimento de tecidos in vitro para compreender os processos infeciosos do Sars-CoV-2 em diferentes tipos de células. O estéreo microscópio permite avaliar e registrar a viabilidade das estruturas teciduais criadas desta forma”.

Contato

Av. Brasil, 4036 | Manguinhos
Rio de Janeiro | RJ | CEP: 21040-900
projetoscaptacao@fiocruz.br
(21) 3882-9205