A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) formou, na última sexta-feira (22/8), a primeira turma do programa “Formação em Captação e Gestão para Organizações de Favelas”, durante uma emocionante cerimônia realizada no auditório do Centro de Documentação em História da Saúde (CDHS/COC/Fiocruz). Ao todo, foram 40 alunos formados, após 23 encontros e 112 horas de aprendizado, conduzidos por profissionais altamente qualificados, com ampla experiência no terceiro setor.
“Hoje a gente fecha um ciclo, mas mais importante do que isso, a gente celebra o início de tudo. Estar aqui como oradora dessa turma que é tão diversa, tão forte, tão generosa é uma das maiores honras, de verdade, que eu poderia receber”, discursou Débora do Espírito Santo da Silva, representante do Programa Social Sim Eu Sou do Meio. “Parecia uma pós-graduação. E foi. Na universidade da vida real, onde se reuniu a diversidade pulsante das lideranças da cidade do Rio de Janeiro, Baixada, Zona Leste, Costa Verde, verdadeiros representantes do nosso estado do Rio de Janeiro”, completou.
A celebração fechou o primeiro ciclo da “Formação em Captação e Gestão para Organizações de Favelas”, que contará ainda com as etapas de Mentoria e Negociação. Nesta primeira edição, 50 organizações foram selecionadas e capacitadas ao longo de quatro meses.
“As organizações chegaram até nós trazendo uma riqueza impressionante, que é o capital social”, comentou o coordenador pedagógico da formação, Márcio Schiavo. “O capital social é próprio, e isso eles trouxeram para nós, o que enriqueceu as trocas pelas suas experiências, pelas vivências e principalmente pelo compromisso que atuam em suas comunidades”, revela.
A formação foi idealizada para ofertar informação qualificada em captação de recursos e gestão de projetos para organizações atuantes em favelas. A grade curricular foi cuidadosamente pensada para contemplar todas as etapas do processo, desde a gestão até a execução e a prestação de contas dos recursos captados.
“Para mim é especialmente emocionante porque eu tenho muito vivo na minha memória e no meu coração a quantidade de pessoas que se envolveram nessa jornada para que a gente chegasse até aqui”, disse o gerente geral do Escritório de Captação de Recursos, Luis Fernando Donadio. “Uma fala que a Débora trouxe e me tocou muito é que essa formação suscitou esperança em todos nós de diferentes maneiras. Suscitou recursos porque vários colegas compartilharam já êxitos de ferramentais que foram aplicados ao longo dessa experiência. Então, de fato, gerou um esperançar em nós, sentimento que nos faz querer continuar acreditando de que a vida vale a pena ser vivida com uma causa e com uma luta que nos coloca para existir todos os dias”, complementa.
O programa é uma iniciativa da Fiocruz, por meio de sua Diretoria Executiva e Escritório de Captação de Recursos, em parceria com o Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro. Contou ainda com o apoio do deputado federal Pastor Henrique Viera, via direcionamento de uma emenda parlamentar.
Estiveram ainda na cerimônia de formatura a secretária parlamentar Andressa Oliveira, representando o deputado federal Pastor Henrique Vieira; a subsecretária de Formação, Acesso e Equipamentos Culturais, Difusão e Inovação, sra. Claudia Vianna, representando a Secretária Estadual de Cultura e Economia Criativa e presidente nacional do Fórum de Cultura, Danielle Barros; a coordenadora de relacionamento institucional da Fiocruz, Zélia Maria Profeta da Luz; o coordenador-executivo do Plano Integrado de Saúde nas Favelas RJ, Richarlls Martins e o professor de Comunicação para Captação da Formação, Leonardo Brossa.