Clarisse Court (Escritório de Captação de Recursos da Fiocruz)
Após 115 horas de aula, ao longo de cinco meses, foi concluída com êxito a Formação em Captação de Recursos da primeira turma da Fiocruz. O encerramento (30/3) foi marcado por uma visita à sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro, onde os formandos puderam visitar o Castelo e a Unidade de diagnóstico da Covid (Unadig), incluindo as modernas instalações da ala de sorologia e microbiologia.
Em formato EAD, com mais de 15 professores com vivências em diferentes fontes de financiamento, a primeira turma fecha o ciclo tendo capacitado 28 profissionais de diversas regiões do país (foto: Escritório de Captação de Recursos da Fiocruz)
A formação faz parte de um projeto pioneiro da Fundação, realizado pelo Escritório de Captação de Recursos (EC/Fiocruz), que concretiza um desejo antigo em contribuir para um processo formativo diverso e que incluísse outras instituições. Segundo Luis Donadio, coordenador do EC/Fiocruz, a ideia da formação nasceu ainda 2018, mas a pandemia fez ressurgir ainda mais forte quando se constatou que dos R$7 bilhões direcionados durante a pandemia, pelos diversos entes da sociedade, 80% havia sido operado por instituições públicas.
“Sabemos dos desafios orçamentários das instituições públicas e da falta de cultura no que se refere a captação via fontes não governamentais, por isso, o nosso desejo em compartilhar a experiência do Escritório de Captação da Fiocruz, principalmente depois do que vivenciamos no programa Unidos Contra a Covid-19. Um movimento que engajou empresas, sociedade civil, Ministério Público e Poder judiciário, na maior iniciativa de captação do país durante a pandemia”, conclui Donadio.
De acordo com a vice-presidente adjunta de Gestão e Desenvolvimento Institucional da Fiocruz, Priscila Ferraz, a formação traz um modelo inovador de transferência de tecnologia em gestão e que já apresenta resultados práticos para algumas das organizações que participaram. “A formação possibilitou que instituições públicas e organizações da sociedade civil pensassem em novos modelos, de forma sistematizada, para o fortalecimento da sua sustentabilidade, sendo muito motivador vermos o impacto positivo que muitas destas já estão tendo, aplicando na prática os conhecimentos aprendidos”, observa Priscila.
Em formato EAD, com mais de 15 professores com vivências em diferentes fontes de financiamento, a primeira turma fecha esse ciclo tendo capacitado 28 profissionais de diversas regiões do país e atuantes em importantes instituições, tais como: Universidades, Centros de Pesquisa, Secretarias Governamentais e Organizações da Sociedade Civil. “A Formação em Captação de Recursos oferecida pela Fiocruz foi extremamente positiva e sem dúvida constitui uma grande contribuição à minha carreira profissional. O curso ofereceu uma visão abrangente sobre o universo de captação de recursos e contou com um grande diferencial: um elenco de professores competentes e muito experientes, que compartilharam com os alunos todo esse conhecimento. Superou as minhas expectativas iniciais e esse aprendizado me permite, hoje, considerar novos horizontes para o meu trabalho, a partir das possibilidades abertas pela captação de recursos”, destaca a aluna Ana Cláudia Theme, diretora de comunicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
A heterogeneidade foi um dos diferenciais do curso, tanto no que se refere a experiência do corpo docente quanto a área de atuação dos alunos. Uma combinação de vivência que refletiu positivamente em todos os aspectos. “O curso ficou marcado pelo alto nível do conteúdo programático e pela diversidade. Uma diversidade regional, cultural, de gênero, raça e perspectivas. Além de uma seleção criteriosa dos professores que trouxeram conhecimento técnico, paixão e inspiração”, destaca a aluna Joslene Rodrigues, gerente executiva de Responsabilidade Social do Hospital Filantrópico Hcor, em São Paulo.
O interesse pela formação em Captação foi alto, além dos quase 1.500 inscritos para primeira turma, houve diversas solicitações para realização de novas edições. “Nosso desejo é que a formação seja dada de forma regular, com ao menos uma turma por ano, mas também estamos estudando outros modelos de cursos, de menor duração e focados em temas específicos. O que queremos é continuar contribuindo para o fortalecimento das nossas instituições públicas e organizações sociais, que prestam um trabalho tão relevante e importante para o país”, finaliza Luis Donadio, coordenador do EC/Fiocruz.