A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recebeu, nesta segunda-feira (28/07), o Secretário Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, Lucas Wosgrau Padilha. O encontro realizado na Residência Oficial, no Campus sede da Fiocruz, em Manguinhos (RJ), fortaleceu o relacionamento entre as instituições, destacando a Fiocruz como um importante polo cultural e de desenvolvimento social.
Além do Secretário, a reunião contou com a presença do Presidente da Fiocruz, Mário Moreira; do Diretor da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), Marcos José de Araújo Pinheiro; do Vice-diretor de Patrimônio Cultural e Divulgação Científica, Diego Vaz Bevilaqua; do Coordenador Geral do Escritório de Captação de Recursos da Fiocruz (EC/Fiocruz) e Diretor Institucional da Sociedade de Promoção Sociocultural da Fiocruz (SOCULTFio), Luis Fernando Donadio; do Diretor Executivo da SOCULTFio e Coordenador de Parcerias com Empresas do EC, Fábio Fernandes Sacramento; da Coordenadora de Parcerias com Empresas do EC, Claudia Souza; e coordenador da área de Cultura da Cooperação Social da Fiocruz (CCSP/Fiocruz) e criador do Bando Editorial Favelofágico, Felipe Eugênio.
A reunião se iniciou com Donadio, que apresentou o programa “Formação em Captação e Gestão para Organizações de Favelas”, que visa ofertar formação qualificada em captação de recursos e gestão de projetos, a fim de ampliar o fortalecimento institucional de 50 organizações sociais (OSC) atuantes em favelas cariocas. O Secretário apoiou o desejo de ampliar esta realização e criar uma futura edição voltada especificamente para a área cultural.
Em seguida, Pinheiro detalhou sobre a candidatura da Fiocruz a Patrimônio Mundial pela UNESCO, que visa reconhecer os valores e a importância da Fundação como patrimônio cultural das ciências e da saúde, representada principalmente pelo Conjunto Histórico de Manguinhos. A candidatura é uma oportunidade de chamar a atenção do mundo para o Rio de Janeiro a partir da perspectiva do campo da ciência e da saúde, que poderá resultar na ampliação dos investimentos na Zona Norte, em uma localidade com um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDHs) da cidade. “A Fiocruz será muito em breve, com todo nosso apoio e trabalho conjunto, o primeiro patrimônio da humanidade na Zona Norte”, comentou Padilha.
Para finalizar as apresentações, Felipe Eugênio compartilhou as ações da Fundação no incentivo e democratização da literatura em territórios periféricos. Dentre as iniciativas, destacou as Residências Literárias Favelofágicas, que dão oportunidades a autores, estudantes, escolas e organizações periféricas selecionados de produzir livros inéditos baseados na visão antirracista dos participantes e insere a periferia como protagonista. Também foi abordado sobre a Festa Literária Internacional Fiocruz (FliFiO), um espaço de difusão de conhecimentos sobre as determinações sociais da saúde, divulgação científica e promoção da literatura, valorizando a cultura periférica. O evento também irá celebrar o Rio como Capital Mundial do Livro e o Secretário se animou para apoiar e participar do evento que acontecerá ainda neste ano na Fiocruz, em Manguinhos (RJ).
Ao final da reunião, os líderes trocaram presentes. Além do livro comemorativo dos 125 anos da Fiocruz, um presente de Mario Moreira, o Secretário recebeu um kit, contendo uma ecobag e livros dos escritores participantes da “V Residência Literária Favelofágica”, que produziu produtos literários inéditos baseados na visão antirracista de autores, estudantes, escolas e organizações periféricas. Padilha também recebeu um amigurumi do Zé Gotinha, feito por uma mãe participante do projeto “Novos Caminhos”, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), e o livro “Vozes que Maternam”, que conta as histórias de responsáveis de pacientes atendidos no Instituto.
“A Fiocruz compreende a cultura como um determinante social da saúde. Por isso, seguimos comprometidos, junto a uma ampla rede de parceiros públicos e privados, na construção de ações cada vez mais inclusivas e democráticas, onde cultura e saúde sejam reconhecidas como direitos de todos”, afirmou Donadio.